Por Silvio Tanabe
Amplamente empregado nos EUA, o marketing de conteúdo (ou content marketing) é considerado o futuro do marketing, sendo tanto por companhias globais como Coca-Cola e Red Bull quanto por micro e pequenas empresas devido ao seu custo e benefício. No Brasil, no entanto, a iniciativa ainda é tímida, principalmente no e-commerce, um dos setores que mais têm a ganhar com esse recurso.
Entre os principais motivos estão a desconfiança em relação ao termo (muitas vezes acompanhado de definições e métodos mais empolados e chics usados pelas agências e que acabam mais confundindo do que esclarecendo), ou um certo comodismo das empresas em não mexer em estratégias e ações de publicidade que já está funcionando. Uma pena, pois as empresas com esta postura tendem a perder espaço para quem está investindo na tendência.
Marketing de conteúdo nada mais é do que oferecer informações relevantes sobre produtos e serviços para os seus clientes e consumidores. É uma nova denominação para o que o jornalismo denomina como informação como prestação de serviços.
Se você tem uma loja de vinhos, uma forma de fazer marketing de conteúdo é informar aos seus clientes quais as harmonizações para cada tipo de vinho; se trabalha com roupas, dar dicas de combinações de peças; se tem loja de pets, indicar qual o melhor tipo de ração de acordo com as características do bicho. Simples e sem segredos.
O que pode variar é a forma de abordar e apresentar esse conteúdo: na descrição de produtos, manuais, folhetos informativos, e-books, cursos e treinamentos presenciais ou online, aplicativos e até mesmo games. A elaboração, produção e divulgação desse material requer profissionais especializados, mas mesmo assim o retorno compensa amplamente os investimentos.
Abaixo reunimos os cinco principais benefícios do marketing de conteúdo quando comparado à publicidade tradicional:
1. Durabilidade: Informações relevantes como guias e tutoriais ou mesmo dicas e informativos são sempre importantes e serão sempre procurados pelas pessoas interessadas.
2. Credibilidade: Informações prestadas no sentido de ajudar, atender a uma necessidade imediata ou mesmo apenas divertir, sem nenhuma conotação comercial ou de vender alguma coisa, tendem a gerar muito mais confiança.
3. Autoridade: Por seu lado, a confiança também estabelece autoridade. Se, por exemplo, uma loja de pets desenvolve conteúdos relacionados aos cuidados com animais domésticos, a tendência é que se torne uma referência (autoridade) nesse assunto, sendo procurada por pessoas em busca de mais informações sobre como cuidar dos seus bichos.
4. Branding: Durabilidade, credibilidade e autoridade reforçam a imagem da sua loja, produto ou marca, reforçando o elo emocional com o seu público.
5. Custo-Benefício: As campanhas e ações de marketing de conteúdo geralmente apresentam melhor índice custo-benefício principalmente pela diversidade de formas e tempo de vida útil dos materiais. Uma descrição diferenciada dos produtos de um e-commerce é uma forma simples e barata de fazer marketing de conteúdo, por isso é tão recomendada para empresas de pequeno e médio porte, não importa o segmento.
No próximo artigo vamos apresentar os cases de empresas que estão fazendo uso do marketing de conteúdo para atender as necessidades dos seus clientes e se diferenciar da concorrência.
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Sobre o autor: Jornalista com pós-graduação em comunicação com o mercado pela ESPM-SP, Silvio Tanabe é empresário, sócio da Clínica Marketing 8Ps, agência parceira da HyTrade no desenvolvimento de mercado e novos negócios.