Com um turn over médio de 61% entre os jovens funcionários, a empresa americana de venda online de produtos eletrônicos, a Best Buy, conseguiu reduzir a rotatividade de empregados para uma média entre 8 a 12%. A empresa criou a rede social Blue Shirt Nation e conseguiu conectar jovens com afinidades. Eles começaram a discutir, por meio de fóruns virtuais, os caminhos a trilhar na carreia e, inclusive, puderam trocar experiências sobre o trabalho, técnicas de vendas, entre outros. Com isso, a empresa conseguiu engajar os jovens e reter talentos.
O exemplo de impactos positivos que as redes sociais podem trazer para o ambiente de trabalho foi apresentado pelo vice-presidente de vendas para a América Latina do Facebook, Alexandre Hohagen. O executivo apresentou ontem (16/08) à platéia do 37º Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas como as redes sociais estão transformando a sociedade e colocando as pessoas no centro das discussões. “Com as primeiras ferramentas disponibilizadas pela Internet, as pessoas utilizavam apelidos. Hoje, a identidade das pessoas é real para relacionarem-se no meio virtual”, explicou.
Sobre a eterna discussão em bloquear ou não o acesso de funcionários às redes sociais, Hohagen acredita que é um caminho sem volta. “Atualmente, qualquer pessoa com celular pode acessar o Facebook e outras redes. Não há como controlar”, alertou. Além disso, ele mostrou uma pesquisa do grupo ClearSwift que revelou que cerca de 57% dos jovens entrevistados acessam as redes durante o trabalho. Dentre os jovens questionados pelos pesquisadores, 21% afirmou que deixaria a empresa caso esta bloqueasse o acesso às redes.
Para Hohagen, estar conectado às redes sociais é essencial para que os jovens se mantenham ativos e produtivos. O executivo citou uma segunda pesquisa, realizada pela Companhia McKinsey, que mostra que os jovens se mantêm mais criativos, engajados e conectados. Além disso, o mesmo estudo concluiu que 8% das empresas entrevistadas relatou aumento na margem de lucro a partir das redes sociais.
Questionado sobre os desafios do executivo para o Facebook no Brasil, Hohagen apontou um aspecto muito próximo da realidade dos profissionais de recursos humanos: “Preciso de gente capacitada, novos talentos para montar a equipe de operações da empresa no Brasil”.
Fonte: CONARH ABRH