Em 2011, mais de 3 em cada 10 novos compradores de carro disseram que eles gostariam de compra-los online.
A venda de carros novos virtualmente nunca ocorre online, a despeito do crescente interesse dos consumidores e dos fabricantes, de acordo com um novo relatório da eMarketer, intitulado “Comércio eletrônico automotivo: chegando atrasada na festa, a indústria automobilística irá se adaptar”.
A venda de carros novos representa aproximadamente 15,8% de toda a atividade varejista nos Estados Unidos, de acordo com dados do censo norte-americano. Este número é mais do que o dobro do total do comércio eletrônico, que representa atualmente 7,2% do total de vendas no varejo nos Estados Unidos, de acordo com estimativas da Forrester Research e da Barclays Research. Em setembro de 2012, o mês mais recente a ter dados disponíveis, as vendas de carros novos nos revendedores totalizou 54,3 bilhões de dólares americanos, de acordo com dados do censo norte-americano. Desse total, quase nada foi negociado online.
Isso não quer dizer que o segmento automotivo não tenha atividade de comércio eletrônico. Todavia, ela é quase toda limitada à venda de veículos usados, a maioria via sites como o eBay e o AutoTrader.com, e à venda de autopeças. Sem a venda de carros novos, o setor automotivo nunca irá desempenhar um papel no mundo digital tão grande quanto ele representa no mundo físico. De fato, a eMarketer prevê que os automóveis e as autopeças representarão uma porcentagem menor do total do comércio eletrônico em 2016, em relação à representada hoje.
Existe, portanto, uma possibilidade de ocorrer uma mudança substancial nesta indústria? Ou o processo de venda permanecerá relativamente o mesmo, travando consequentemente as vendas online?
De fato, há uma boa razão para se esperar uma mudança – embora talvez não, na previsão da eMarketer, nos próximos quatro anos. Representantes da indústria esperam que, dentro da próxima década, os fabricantes e os revendedores irão finalmente aceitar o comércio eletrônico, para poder atrair novos jovens compradores e para proteger sua participação de mercado.
Nos Estados Unidos e no estrangeiro, uma crescente porção dos consumidores diz que eles considerarão comprar novos carros online, com 35% dos compradores de novos veículos nos Estados Unidos no ano passado relatando que eles provavelmente ou muito provavelmente comprariam online, o que fica acima dos 21% em 2009, de acordo com dados de uma pesquisa da Capgemini. O número em todo o mundo foi até maior, chegando a 42%. Vale a pena notar também quanto os consumidores estão abertos à venda online nos principais mercados emergentes tais como o Brasil, a China e a Índia. As mudanças em grandes mercados no exterior podem forçar mudanças domésticas.
Os jovens compradores, geralmente mais abertos ao comércio eletrônico e a opções alternativas de transporte, necessitarão ser cortejados pelos fabricantes de automóveis, sob o risco da indústria perde-los. A geração Y representa cerca de 40% de todos os compradores de automóveis, de acordo com um estudo da Deloitte em 2011, e o seu potencial de mercado crescerá nos próximos anos, à medida que este grupo for ficando mais velho e a sua renda aumentar.
Fonte: eMarketer