Por Nicki Howell
Quando você pensar sobre alguns dos filmes mais conhecidos da história – “ET o Extraterrestre”, a série “Indiana Jones”, “Tubarão” e “A Lista de Schindler” – você pensará sobre uma pessoa: Steven Spielberg. Este cineasta é a máquina criadora por trás destas histórias, mas, ele não começou assim. Inicialmente, ele era um menino de 10 anos de idade, que brincava com trens no chão da sala de estar. Ele amava fazer desastres com os trens, apesar das advertências do pai que os trens não seriam mais consertados se ele continuasse a quebra-los. Mas, o jovem Spielberg tinha uma solução para esse problema.
Fazendo curtos filmes usando a câmera de vídeo da família, ele capturava as cenas e, mesmo que os trens quebrassem, ele podia reviver os desastres épicos. Como sabemos, o jovem menino tornou-se um dos cineastas mais poderosos de Hollywood, dirigindo mais de 50 filmes, muitos dos quais atingiram sucesso estelar de bilheteria.
O que estudar o modelo de Spielberg ensina aos profissionais de marketing de conteúdo? Veja cinco poderosas lições que você pode começar a aplicar hoje.
1. As parcerias certas são críticas para o sucesso
Spielberg é um talento assombroso, mas é preciso um exército de pessoas com talento trabalhando por trás das cenas, por meses, antes, durante e depois das filmagens, para fazer de cada filme um sucesso. Este diretor é notório por trabalhar com as mesmas pessoas durante longos períodos de tempo, em múltiplos projetos. Spielberg disse que “Eu amo criar parcerias; eu amo não ter que carregar sozinho todo o fardo da criação de contar histórias”.
Spielberg colaborou com Michael Kahn, um talentoso editor de filmes, que trabalhou em filmes como “Contatos Imediatos de Terceiro Grau”, “Os Caçadores da Arca Perdida”, “Poltergeist” e “A Lista de Schindler”, no decorrer de muitos anos. Spielberg também manteve uma longa história de colaboração com John Williams, que compôs música para muitos dos famosos filmes. Se você lembrar da introdução do filme “Os caçadores da Arca Perdida”, você já conhece o trabalho de Williams.
Os profissionais de marketing de conteúdo também podem experimentar enormes ganhos ao forjar as parcerias certas. Veja, por exemplo, o e-book do LinkedIn intitulado “O sofisticado guia dos profissionais de marketing para o LinkedIn” (The Sophisticated Marketer’s Guide to LinkedIn).
Este guia mostra líderes de ramos de atividades e especialistas em marketing B2B, que compartilharam as suas dicas mais úteis. Uma vez que o e-book havia terminado, estes influenciadores o compartilharam com as suas grandes audiências, que ampliaram os resultados e o traduziram em milhares de compartilhamentos e milhões de dólares de novos negócios.
Ponto chave para levar para casa: Spielberg disse que “Quando eu era uma criança, não havia colaboração; é você com uma câmera que domina os seus amigos que estão à sua volta. Mas, como um adulto, fazer filmes é sobre apreciar os talentos das pessoas que o cercam, sabendo que você nunca poderia fazer todos esses filmes sozinho”.
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2. Crie uma sensação de admiração sobre: o que virá a seguir?
No começo, Spielberg não conta a história. Ele mantém a audiência engajada liberando lentamente pequenas peças da história, o que deixa as audiências imaginando “O que virá a seguir”? O cineasta descreve um evento que ocorreu cedo na sua vida, e que criou esta mesma sensação de imaginação.
Quando eu era uma pequena criança, o meu pai me levou para ver uma chuva de meteoros e, para mim, isso foi amedrontador, pois ele me acordou no meio da noite. O meu coração estava batendo; eu não sabia o que ele queria fazer. Ele não me disse, me colocou no carro e saiu, e eu vi todas essas pessoas deitadas em cobertores, olhando para o céu.
Como podem os profissionais de marketing de conteúdo infundir o seu conteúdo com uma sensação de imaginação, para produzir um maior engajamento? Veja algumas dicas.
- Faça insinuações iniciais. Faça alusão a eventos que acontecerão no futuro, para capturar atenção e despertar curiosidade.
- Crie uma forte narrativa. O cérebro das pessoas é programado para adorar ouvir histórias. De fato, ouvir histórias acende a mesma parte do cérebro que acende quando as pessoas estão realmente vivendo o evento. Criar uma forte narrativa o ajudará a impulsionar os resultados.
- Cumpra a sua promessa. Construir suspense manterá a audiência na beirada dos assentos, mas você precisa cumprir a promessa. Evite excessos e faça exatamente os que os leitores esperam.
Ponto chave para levar para casa: Faça a sua audiência querer mais no início, no meio e no fim do conteúdo. No começo, nunca adiante a ela o que ela quer; mantenha-a fisgada e engajada até o final.
3. Note as tendências e, então, faça algo diferente
No marketing de conteúdo há muitas tendências, como vídeo, podcasts e um fluxo constante de ferramentas emergentes da mídia social. Teste essas tendências, mas também procure lacunas que passaram despercebidas. Quais oportunidades existem das quais ninguém ainda tirou proveito?
Por exemplo, Spielberg descreveu o seu trabalho no filme “Contatos Imediatos de Terceiro Grau” como sendo diferente do que existia na época. Historicamente, o drama e os filmes sobre seres alienígenas eram, na maioria das vezes, sobre antagonismo (como os filmes “Guerra dos Mundos”, “Os Invasores de Corpos”, “O Dia em que a Terra Parou”), e eles destacavam um conflito entre os seres humanos e os alienígenas. Spielberg queria fazer algo diferente, oferecendo à sua audiência um novo ângulo deste tipo de história. Mas, isto era arriscado. Como responderia a audiência?
O filme foi lançado em 1977 e rendeu 132 milhões de dólares. O risco compensou (interessantemente, ele pode ter criado uma mini tendência de imitadores, mas, os que tiveram maior sucesso continuaram a ser aterrorizantes, como o “O Predador”, “Alien” e “Independence Day: O Ressurgimento”. Como um profissional de marketing B2B, o que aconteceria se você desse um novo giro nas velhas tendências? Ou se você fundisse duas tendências num novo tipo de estratégia?
Por exemplo, a Microsoft sabe que um grande ponto para os clientes dela é manter os dados seguros. Consequentemente, a empresa queria alavancar o marketing de conteúdo para explicar como os produtos da empresa abordam esse ponto doloroso. Eles lançaram um novo microsite interativo chamado Anatomy of a Breach (Anatomia de uma Violação).
O site interativo aborda um ângulo novo e diferente, explicando a segurança dos dados através das lentes de um assalto aos dados. O website coloca o leitor no lugar do “hacker”, o que o ajuda a entender verdadeiramente as vulnerabilidades e os desafios da segurança. A peça parece ser cara, mas isto ajuda a destacar que a Microsoft leva a segurança muito a sério.
Ponto chave para levar para casa: Não use uma estratégia pelo fato dela ser amplamente adotada por outros profissionais de marketing de conteúdo. Olhe para o que todos estão fazendo, e, então, aprenda a lição de Spielberg – tente algo diferente.
4. Corra riscos e abrace o fracasso
Cursar a escola de filmes da Universidade do Sul da Califórnia era um sonho de Spielberg. De fato, o aspirante a cineasta se inscreveu e foi rejeitado três vazes. Algumas pessoas (provavelmente a maioria delas) teriam desistido, mas, ao invés disso, Spielberg tomou outro caminho – um estágio não remunerado no Departamento de Edição dos Estúdios Universal.
Esta posição levou a uma oportunidade de criar um curto filme que rapidamente ganhou prêmios e atraiu a atenção. Um Vice-Presidente do estúdio notou esse fato e deu a Spielberg um contato de direção de sete anos. Portanto, qual é a lição para os profissionais de marketing de conteúdo?
Você é cobrado para produzir resultados, gerar engajamentos, gerar leads e para atingir uma variedade de outras metas. Com tanta pressão para obter sucesso, é fácil apostar na segurança e evitar testar novas estratégias. Mas, mesmo que uma nova estratégia fracasse, você pode descobrir algo inesperado e fantástico ao longo da sua jornada.
Por exemplo, Sir Alexander Fleming era um cientista que testemunhou a morte por septicemia de muitos soldados na Primeira Guerra Mundial; ele estava muito interessado nas substâncias antibacterianas. Em 1928, ele estava investigando as propriedades dos estafilococos, um tipo de bactéria. Antes de sair de férias, em agosto desse ano, ele colocou todas as suas culturas de estafilococos numa bancada, que ficava num canto do seu (famoso por ser bagunçado) laboratório. Ao retornar das férias, Fleming notou que uma das culturas tinha sido contaminada por um fungo, e que as colônias de estafilococos que circundavam o fungo tinham sido dissolvidas. Ele descobriu o que foi posteriormente chamado de “penicilina” [Nota do Editor: Salve a bagunça do laboratório e as longas férias].
NT: Esse fungo chamado na época Penicillium notatum, hoje Penicillium chrysogenum, secretava uma substância, posteriormente batizada com o nome de penicilina. Essa classe de substâncias foi denominada classe dos antibióticos.
Ponto chave para levar para casa: Algumas das grandes descobertas são feitas por causa de erros. Teste frequentemente novas estratégias de marketing, e, se elas não tiverem sucesso, estude as razões pelas quais isto aconteceu, pois elas podem ajuda-lo a fazer novas descobertas.
5. Reaja contra as primeiras suposições
Steven Spielberg explica que quando ele começa um novo projeto, as suas suposições são geralmente erradas. Recentemente, Neil Patel escreveu algo semelhante. Ele descreve os perigos das suposições:
Você quer saber qual é uma das piores coisas que um profissional de marketing pode fazer? Adivinhar. … Adivinhar, ao invés de saber, produz graves erros de marketing. Por que isto é verdade? Por que as nossas adivinhações frequentemente são espantosamente imprecisas e estrategicamente perigosas. Uma abordagem de marketing baseada em adivinhação pode afundar a sua empresa num desastre.
Portanto, como podem os profissionais de marketing usar esta informação para criar melhores conteúdos? No seu artigo, Patel explica quais são as adivinhações mais comuns que os profissionais de marketing fazem, incluindo:
- Fazer suposições sobre os seus clientes
- Adivinhar a sua estratégia na mídia social
- Fazer suposições sobre tendências gerais baseadas em pesquisas de opiniões
Por exemplo, vamos imaginar que você leia que uma empresa teve um aumento de 35% das conversões no website simplesmente mudando uma cor da landing page. Portanto, se você fosse mudar o botão da sua página, você conclui que isto pode produzir resultados semelhantes. Ao invés de confiar nesta suposição, faça a mudança e então teste os resultados. E esteja ciente que, mesmo se a tendência geral estiver certíssima para a maioria das empresas, ela pode ser errada para a sua particular situação.
Ponto chave para levar para casa: Identifique e desafie as suas suposições sobre as estratégias de marketing de conteúdo já existentes. Há algo que você está supondo? Se houver, identifique essas suposições e desafie cada uma delas, para obter melhores resultados.
As melhores ideias começam mal
Spielberg explicou que “Todas as boas ideias começam como más ideias; é por isso que elas demoram tanto”. Este famoso produtor de filmes tem muito a dizer sobre as ideias e sobre a criatividade que se aplicam ao marketing de conteúdo, mas, uma das suas muitas lições é continuar a olhar, ouvir e buscar novas oportunidades para alcançar a sua audiência alvo.
Um assunto pode ser velho, como o filme de Spielberg “Contatos Imediatos de Terceiro Grau”, mas, uma nova abordagem dos velhos assuntos cria surpreendentes níveis de engajamento. Spielberg disse que: Em cada dia de sua vida, esteja preparado para ouvir os sussurros em seus ouvidos.
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Sobre a Autora: Nicki Howell é uma profissional de marketing de conteúdo B2B, especializada no ramo da tecnologia. Ela ajuda os seus clientes a melhorar as suas taxas de respostas, a comunicar mensagens complexas e a gerar leads de alta qualidade. Você pode conectar com Nicki no LinkedIn, segui-la no Twitter ou aprender mais aqui.
Fonte: Act-On Software
Tradução: Fernando B. T. Leite
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