Grandes eventos nacionais e tendências socioeconômicas propelem o e-commerce adiante.
O e-commerce no Brasil tem aumentado continuamente, empurrado pela crescente penetração da internet e pelo aumento da renda doméstica, de acordo com um novo relatório do eMarketer, intitulado “E-commerce brasileiro: esportes, viagens e varejo barato mantêm o momento do mercado”. Mesmo com a diminuição do ritmo da economia brasileira, as vendas do comércio B2C por aqui devem ver uma expansão de dois dígitos este ano e novamente em 2014, quando se espera que o campeonato mundial de futebol da FIFA promova um aumento das viagens domésticas e da atividade econômica a elas relacionada.
Como em outros países, as vendas digitais de viagens desempenharam um papel principal no crescimento do e-commerce no Brasil. As viagens representaram cerca de um terço das vendas do e-commerce total do país em 2012, estima o eMarketer. O simples tamanho do Brasil significa que as viagens aéreas são necessárias para se deslocar de um lugar para outro e as passagens aéreas podem custar caro.
Embora sem crescer tão rapidamente quanto as vendas de viagens no e-commerce, as vendas do e-commerce no varejo provavelmente crescerão num saudável ritmo de dois dígitos através de 2014. Em 2016, o eMarketer espera as vendas de varejo pelo e-commerce alcancem R$ 33,4 bilhões.
As vendas no varejo crescerão em parte nos calcanhares de um grande número de internautas, que compram por canais digitais. No Brasil, aonde mesmo mudanças de pequenas porcentagens chegam a atingir dezenas de milhares de consumidores, o tamanho da classe média é chave para o crescimento do e-commerce.
O eMarketer estima que teremos 26,7 milhões de compradores digitais em 2013, o que equivale a 36% dos usuários da internet. O nível de penetração ainda está muito longe do dos Estados Unidos, cujo número é 73%, mas o Brasil tem um ritmo maior que o da América Latina como um todo, cuja média é 33,2%.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), prevê que a classe média representará 60,2% da população do Brasil em 2014, quando este grupo deve incluir mais de 120 milhões de pessoas.
À medida que mais consumidores de renda média tornam-se digitais, os varejistas online podem esperar ver mais compras serem feitas, mas a preços mais baixos. O número crescente de compradores online de renda média também sugere que a compra comparada, embora já seja prevalente entre consumidores brasileiros, aumentará e será ainda mais frequente.
Enquanto que a classe media, especialmente aqueles consumidores que estão no limite superior dela, será uma grande propulsora do crescimento do e-commerce, muitas das vendas do segmento continuarão a vir dos compradores mais ricos que, não só têm mais renda para gastar, como também têm uma maior experiência online.
Fonte: eMarketer