Por Joe Pulizzi
“A sua ideia não é nova. Tome uma ideia qualquer; pelos menos outras 50 pessoas já pensaram nisso. Supere o seu “brilho estonteante” e perceba que fazer é muito mais importante”. – Mark Fletcher, fundador da Bloglines.com.
Um dos benefícios do meu trabalho é que eu viajo ao redor do mundo e me encontro com pessoas fascinantes, que têm ideias maravilhosas. Muitos dos meus discursos e dos meus escritos sobre marketing de conteúdo são recheados com pensamentos de outros. A seguir, estão oito das minhas ideias favoritas sobre conteúdo, que foram roubadas. Eu as estou compartilhando com você na esperança de que elas o ajudem tanto quanto me ajudaram.
1. Mídia social 4-1-1
Roubada de Andrew Davis, autor de “Brandscaping“:
Mídia social 4-1-1 é um sistema de compartilhamento que permite que uma empresa obtenha maior visibilidade através de influenciadores (líderes de opinião) sociais. Veja, a seguir, como isto funciona:
Para cada seis peças de conteúdo compartilhado pela mídia social (Twitter, por exemplo):
- • Quatro devem ser peças de conteúdo originadas pelo seu influenciador alvo e que também são relevantes para a sua audiência. Isto quer dizer que em 67% do tempo você está compartilhando conteúdo que não é seu, e chamando a atenção para conteúdo criado pelo seu grupo de influenciadores.
- • Uma peça deve ser original, com conteúdo educacional que você criou.
- • Uma peça deve ser relacionada a vendas — como um cupom, notícia sobre um produto, um press release, ou alguma outra peça de conteúdo à qual provavelmente ninguém vai prestar atenção.
Embora os números não precisem ser exatos, é a filosofia que faz isto funcionar. Quando você compartilha conteúdo de pensamentos (opiniões) de liderança, todos notam. E você compartilha este conteúdo sem pedir nada em troca (então, quando você algum dia precisa de alguma coisa, é provável que estes influenciadores digam sim).
2. Reinventando conteúdo
Roubada de Ann Handley, Chefe de Marketing de Conteúdo da MarketingProfs:
Anos atrás, quando todos seguiram o trio elétrico da troca de embalagem do conteúdo, apareceu Ann Handley, que falou (corretamente) sobre a reinvenção de conteúdo. Isto significa que cada história contada precisa ser modelada para uma determinada pessoa e para um determinado canal. Numa época na qual todo mundo estava pulverizando atualizações na mídia social, através de serviços como Ping.fm, Ann estava nos dizendo para pensar melhor sobre o nosso conteúdo. Ela estava certa. Não mude somente a embalagem, reinvente.
3. Contar histórias 20-1
Roubada de Todd Wheatland, Vice-Presidente de Liderança de Pensamento da Kelly Services:
Nem todas as nossas estratégias de conteúdo levarão a blogs muitas vezes por dia. Este foi o caso da Kelly Services, uma empresa de 1 bilhão de dólares americanos (aproximadamente 2,2 bilhões de reais), de terceirização de recursos humanos. Kelly, ao monitorar mais de cem variações de palavras chave, optou por tomar cada uma das ideias das histórias delas e produziu, a partir delas, pelo menos 20 peças de conteúdo.
No passado, Kelly criou um bonito documento no formato PDF, pôs um formulário na frente dele, enviou um simpático e-mail e encerrou as atividades do dia. Hoje, Kelly produz meios para divulgar histórias que incluem eBooks, apresentações de slides compartilhados, documentos para personalidades importantes, infográficos para a Pintarest, relatórios de pesquisas, e mais… tudo isto simultaneamente, e tudo derivado do mesmo conceito de história.
Muitas empresas já estão criando conteúdo e então redefinindo, com sucesso, esforços para produzir muitas novas peças. A chave para o sucesso de Kelly é que esta empresa desenvolveu, antes de tudo, um plano detalhado de canal e pode agora implantar estes recursos em linha, ou numa base contínua.
4. Reuniões de conteúdo às segundas-feiras de manhã
Roubada da equipe de marketing de conteúdo da SAS:
Na maioria das empresas, o marketing de conteúdo acontece em silos (compartimentos fechados). Há criadores de conteúdo para e-mail marketing, para mídia social, para marketing tradicional, nas comunicações empresariais, nas relações públicas, etc., todos trabalhando num vácuo. Isto geralmente significa que haverá, em toda a empresa, duplicação em massa dos esforços de conteúdo e muito do conteúdo gerado não está alinhado com a história da marca ou com a declaração de missão do marketing de conteúdo.
A SAS, uma das maiores empresas privadas de tecnologia, resolveu este problema reunindo-se todas as segundas-feiras de manhã com os criadores de conteúdo de cada um dos seus silos. Estes embaixadores de conteúdo agora trabalham juntos, compartilhando recursos e removendo barreiras para uma criação épica de conteúdo.
Eles se reúnem todas as segundas-feiras. Isto funciona! Tente!
5. O conteúdo é fogo, a mídia social é gasolina
Roubada de Jay Baer, autor de “Youtility“:
De acordo com Jay, “Se você está criando conteúdo interessante, útil e prestativo, os seus clientes atuais e potenciais farão mais pelo seu marketing do que você mesmo, ajudando a sua empresa a trabalhar menos arduamente e de modo menos caro no marketing de interrupção, nas suas várias formas”.
A maioria das empresas começa com a mídia social e, apenas mais tarde, descobre que a mídia social, no sentido de compartilhamento de conteúdo, funcionará apenas se nós desenvolvermos histórias maravilhosas que resolvam os problemas dos pontos carentes dos nossos clientes.
6. Sobre erros de marketing
Roubada de Coleman Hawkins, músico de jazz:
“Se você não comete erros, você não está realmente tentando”.
Isto é verdadeiro no jazz e também no marketing de conteúdo. Eu também adoro esta frase de Mario Andretti: “Se você não se sentir um pouco desconfortável, você não está guiando suficientemente rápido”.
Se você se sentir bem a respeito do seu programa atual de marketing de conteúdo, você provavelmente não está correndo riscos suficientes na sua estratégia. Hoje, os criadores de conteúdo devem estar sempre empurrando barreiras para verdadeiramente desenvolver um marketing de conteúdo épico.
7. Processos inúteis
Roubada de Peter Drucker, autor e agente de mudanças:
A citação original do Sr. Drucker é: “Não há nada tão inútil como fazer eficientemente o que não deveria ser feito”.
Michael Brenner, Vice-Presidente de Estratégia de Marketing e de Conteúdo da SAP, frequentemente diz, nas suas apresentações, a mesma coisa. A parte fácil, de acordo com Michael, é ver e acreditar na ideia do marketing de conteúdo. A parte difícil, na maioria das empresas, é interromper os processos que já não funcionam.
Eu vejo isto repetidamente: empresas muito grandes gastam muito tempo, esforços, recursos e gerência em coisas que simplesmente já não funcionam.
8. O produto de conteúdo perfeito
Roubada de Jason Calacanis, empreendedor em série:
De acordo com Jason, o produto de conteúdo perfeito pode ser descrito pelas seguintes cinco características: existe em tempo real, é gerado por um fato, é visual, é eficiente e é aprovado por uma curadoria. Se você olhar agora nos sites mais populares do mundo, como BusinessInsider.com, Huffington Post, ou Upworthy, eles seguem estes mesmos cinco princípios. Você também deveria segui-los.
Sobre o Autor: Joe Pulizzi se considera um garoto propaganda do marketing de conteúdo. Fundador do Content Marketing Institute e da Junta42, Joe evangeliza o marketing de conteúdo pelo mundo através de palestras, artigos, tweets e pelos seus livros Managing Content Marketing (Gerenciando o Marketing de Conteúdo) e Get Content Get Customers (Consiga conteúdo, consiga clientes). Se você quiser deixá-lo de bom humor, lhe envie alguma coisa na cor laranja. Para saber mais sobre o Joe, verifique seu site pessoal ou siga-o pelo Twitter @juntajoe.
Fonte: Content Marketing Institute
Tradução: Fernando B. T. Leite