Por Joe Lazauskas
Eu gosto das conferências da Contently por alguns motivos. Inicialmente, por alguma razão, a nossa equipe de eventos continua me colocando no palco. Em segundo lugar, o meu principal trabalho pelo resto do dia é sentar e pensar sobre o nosso ramo de atividades – algo de que eu frequentemente me esqueço, enquanto escrevo para a ficção de fãs no Facebook, ou forço a minha equipe a recriar a Loucura de Março com contas de marcas na mídia social.
Em 19 de maio, nós tivemos o nosso West Coast Summit em São Francisco. Honestamente, este foi o evento mais perspicaz que jamais tivemos, e ele me fez pensar sobre quatro grandes tendências que eu tenho visto modelar o ramo do marketing de conteúdo:
1. Nós estamos final e misericordiosamente falando sobre o marketing de conteúdo de uma maneira mais sofisticada.
Durante anos, muitas conversas sobre o marketing de conteúdo pareceram ser assim:
O marketing de conteúdo funciona! (Pontos para o logo da Red Bull).
Veja!
Mas, isto está mudando. Neste ponto, as marcas têm experimentado um número suficiente de sucessos e de falhas, que agora nós somos capazes de discutir o marketing de conteúdo com mais nuances. Agora, as pessoas são realistas: o marketing de conteúdo não é fácil, e você pode precisar mudar a maneira como trabalha – ou, pelo menos, mudar um pouco. Mas, quando você tem uma sólida equipe de conteúdo, você pode agarrar muitas novas oportunidades, seja respondendo perguntas de seus funcionários, ou influenciando a conversa em todo o seu ramo de atividades.
Finalmente, todos parecem entender que o marketing de conteúdo não é sobre empurrar produtos. Nas palavras de Stephanie Losee, chefe de conteúdo da Visa: “Se você quiser contar uma história de um produto, não conte a história de um produto. Conte uma história de pessoas”.
A coisa mais surpreendente: a Red Bull não foi mencionada uma só vez em toda a conferência. E nós estivemos lá durante cinco horas! Isto deve ser algum tipo de recorde.
2. A situação do relacionamento com as plataformas = complicada.
Como a maioria das novas empresas de mídia corre rumo a uma vida criando “conteúdo distribuído” para plataformas sociais nativas, você pode esperar que o pessoal do marketing de conteúdo esteja logo atrás. Não necessariamente.
Num dado momento, na quinta-feira, eu perguntei a um painel se eles concordavam ou não com a declaração “É mais inteligente criar conteúdo para as plataformas sociais que para o seu próprio site”. Britt Dione, editor gerente da Walmart, defendeu priorizar o seu próprio site. Mas, Peter Rojas, fundador da Gizmodo, Engadget e Joystiq disse que, se ele começasse hoje um site técnico, ele o lançaria nas plataformas sociais.
Antes disso, eu argumentei que, para as marcas, faz mais sentido publicar nativamente no social que para as empresas de mídia, mas que eu também vejo a contrapartida. Muitos profissionais de marketing estão ainda sendo picados pela grande quebra do alcance orgânico de 2013, e as conversões das visitas aos sites podem ser muito lucrativas para as marcas (muito mais lucrativas que vender anúncios de visualização). Consequentemente, o relacionamento dos profissionais de marketing com as publicações nas plataformas é complicado, e isto provavelmente não mudará.
3. Mas, uma nova onda de plataformas estará aqui antes que você saiba.
Quase tudo é sobre se tornar uma plataforma para conteúdo. Como colocou Rebecca Lieb, uma analista digital, “O conteúdo irá além da tela para o ar que respiramos”.
Lieb revelou na quinta-feira algumas novas pesquisas fascinantes, detalhando como as vestimentas e os dispositivos conectados mudarão completamente a forma como as marcas prestam serviços aos consumidores. Enquanto que a geração de 2010 é a dos dispositivos móveis, a geração de 2020 será a da computação onipresente. Tudo, desde refrigeradores até as nossas roupas, estará conectado:
Todos esses dispositivos apresentarão marcas com oportunidades para acrescentar valor por enviar informação relevante. Isto não significa que você deva começar a pensar sobre como servir lísticos de GIFs de gatos patrocinados para aspiradores de pó, embora, definitivamente, alguém esteja fazendo isto agora mesmo. Mas significa que você deve pensar a respeito de como unificar a experiência do cliente em todas as plataformas.
Lieb deu o simples exemplo do aplicativo do Home Depot, que deixa os usuários construírem uma lista de compras e, então, cria um mapa de onde esses itens estão localizados na loja. Conectando online e off-line, o Home Depot economiza toneladas de tempo para as pessoas. Este é um grande exemplo de como as marcas devem pensar ao se mover adiante.
4. A aversão ao jargão é forte.
Há uma epidemia de jargões de marketing, e ela está começando a deixar a gente louca. O nosso painel de desintoxicação de chavões rapidamente se transformou numa sessão de terapia de grupo:
Logo após, Craig Dubitsky, fundador da Hello Products, gastou 45 minutos torrando a maneira estranha como as marcas CPG (consumer packed goods = produtos embalados; exemplos comuns são comidas, bebidas, produtos de uso doméstico, etc.) se representam:
Eu ouso dizer que a fala através de chavões finalmente foi perturbada por um desejo sempre vivo de criar uma voz autêntica de uma marca, que ressoe genuinamente numa audiência sob medida? Provavelmente não, mas, pelo menos, nós estamos progredindo – especialmente se você ignorar 23 por cento das palavras que eu usei neste artigo.
[wt_divider_dotted margin_top=”20″ margin_bottom=”20″]
Materiais gratuitos para você baixar!
[wt_portfolio column=”2″ ids=”769,6502″ desc=”false” category=”false” more=”false” moreText=”Leia Mais »” order=”DESC”]
Sobre o autor: Joe Lazauskas é Editor Chefe da Contently e um jornalista técnico e de marketing. Conecte com Joe em: @joelazauskas
Fonte: The Content Strategist
Tradução: Fernando B. T. Leite
Imagem por Hanna Barbera
® Copyright: Todos os artigos da Contently são traduzidos e republicados com autorização.