Por Brooks Tiffany
“Use imagens engajadoras de alta qualidade para fazer a sua marca se destacar”. Você pode ter ouvido antes alguma coisa assim, e ela é verdadeira. Mas, o que isto significa exatamente? O que exatamente faz uma imagem ser engajadora e de alta qualidade? Bem, se você está fazendo estas perguntas, você está no lugar certo. Leia o texto a seguir e você descobrirá qual é o segredo do conteúdo visual deslumbrante.
“Uma imagem vale mil palavras”. O velho adágio é verdadeiro para imagens em todo o mundo e a mesma coisa vale para o Feed de Notícias do Facebook. As imagens são mais fáceis de digerir e as postagens que as usam continuamente têm um melhor desempenho; nós sabemos disto. É por isso que as fotografias são responsáveis pela maioria do conteúdo postado no Facebook em todo o mundo. É por esta razão que, neste guia, eu vou focar nas fotos.
Todavia, nem todas as imagens são criadas da mesma maneira. Nem de acordo com os seus olhos, nem de acordo com o algoritmo do Facebook, que faz a organização e seleção do Feed de Notícias. Talvez algumas figuras valham dez mil palavras, enquanto que outras podem apenas valer 50? Não vamos entrar aqui no terreno da filosofia.
O ponto é, há alguma coisa sobre certas imagens que nos fazem gostar mais delas. Alguma coisa que as fazem se destacar na multidão que as cerca. Alguma coisa que nos cativa e que cria uma reação visceral. Isto é tão comum e, assim mesmo, não somos capazes de dizer bem por quê… mas, a palavra linda vem à mente.
Mas, o que é a beleza? E como ela é criada? Vamos descobrir como.
A razão de ouro
Os artistas, os matemáticos, os filósofos e os pensadores de todas as disciplinas têm sido fascinados pela composição da beleza por milhares de anos. Inicialmente, ao tentar adivinhar como a beleza poderia parecer uma incumbência de um tolo. Mas, felizmente, para nós e para os nossos estudiosos, não parece. Eles perceberam muito cedo que certa relação poderia ser encontrada em toda a natureza, até na construção dos nossos corpos humanos.
Falando de uma maneira geral, quanto mais perto as coisas estiverem desta relação, mais agradáveis elas serão para os nossos sentidos. Nós gostamos do que nos é familiar e esta relação (razão matemática) é a personificação da familiaridade. Simplesmente, razão = familiaridade = beleza.
Não se assuste, apenas ou pouquinho de matemática está na raiz desta relação (razão) e este será o nosso caminho. Os nossos estudiosos apresentaram uma expressão algébrica para representar esta “relação de ouro”, ou “proporção divina”, com as quantidades a e b, onde a > b > 0:
A seguir, a letra grega fi (φ) representa o valor da razão de ouro:
Aí está, 1,618 é um número natural, mas isto realmente não ajuda a ilustrar a razão de ouro. Essencialmente, duas quantidades têm uma razão de ouro, se a razão entre elas for a mesma da sua soma à maior das duas quantidades. Você pode ver isto na expressão geométrica a seguir:
Esta razão está intimamente relacionada à sequência de Fibonacci (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13 …), na qual cada número é a soma dos dois números precedentes. Você pode ver, a seguir, a sequência de Fibonacci ilustrada geometricamente como ladrilhos:
Mas como isto aparece na natureza? Veja a razão de ouro na espiral logarítmica abaixo e como ela se relaciona com os ladrilhos de Fibonacci. Você pode ver esta relação na elegante estrutura da concha espiral do nautilus (um molusco).
Nós não sabemos se isto é alguma coisa que a nossa espécie está condicionada a amar, ou se é alguma coisa que aprendemos a amar, mas nós sabemos que ela foi aplicada à nossa arquitetura, à arte, à música e a várias outras disciplinas durante milhares de anos.
A seguir, você pode ver a espiral de Fibonacci aplicada à Mona Lisa. Diz-se que Leonardo da Vinci, entre outros grandes artistas, usou a razão de ouro como base para o seu trabalho. Note o “ponto ideal” no nariz da Mona Lisa. Este ponto ideal é o destino final para os olhos.
Use a espiral de Fibonacci quando estiver compondo uma imagem. A sua imagem deve oferecer uma rota natural para os olhos, com um claro ponto ideal, no qual o olhar deve repousar. Use-a para criar o equilíbrio (ou desequilíbrio) certo, dependendo dos propósitos da sua imagem.
Esta composição “natural” é agradável para os olhos e atrairá e manterá o interesse de mais observadores. Lembre-se que você não quer que os seus observadores tenham trabalho para “enxergar” a sua imagem! Eles devem simplesmente vê-la.
Embora a espiral de Fibonacci seja uma grande ferramenta para ser usada, ela pode, compreensivelmente, ser confusa e pode, nem sempre, ser uma opção realizável ao compor uma imagem, ou tirar uma fotografia. Felizmente, para nós, alguém percebeu isto há algum tempo: entre na “Grade Fi”.
A Grade Fi
A Grade Fi leva o ponto ideal da razão de ouro e o coloca quatro vezes dentro de uma grade. A relação destes quadriláteros uns com os outros é 1:,618:1. Cada intersecção do retângulo central é um ponto ideal e pode ser usado como o início ao tirar uma fotografia ou para editar uma imagem.
Eu coloquei a Grade Fi sobre a fotografia a seguir. Note o equilíbrio alcançado com o horizonte no topo da linha e o vinhedo contido na porção medial. O sol fica no topo à direita, enquanto que as sombras que ele provoca alcançam o retângulo inferior esquerdo.
A Grade Fi é uma ferramenta extremamente útil, que o ajudará a colocar a razão de ouro em uso ao tirar uma fotografia, ou ao editar uma imagem. Use-a para harmonizar a sua imagem, ou para criar tensão, quando for necessário.
Eu deixei uma Grade Fi disponível para você baixar aqui. Simplesmente ponha-a sobre uma imagem existente e dimensione-a adequadamente.
Todavia, a Grade Fi pode não ser boa para todos. Algumas pessoas podem não ter as ferramentas à mão para criar uma perfeita relação de 1 para 1,618 e prefeririam não quebrar a cabeça tentando descobri-la. É aqui que entra um princípio simples e mais amplamente aplicado em fotografia: a “regra dos terços”.
A regra dos terços
A regra dos terços é uma maneira mais fácil de configurar a sua imagem, para ter sucesso. Bem conhecido pelos fotógrafos, este pequeno truque é como um atalho da razão de ouro. Ao invés de se preocupar com a razão ,618, você apenas divide o quadro em 9 quadriláteros iguais, que guardem uma relação 1:1:1.
Embora ela não seja tão boa quanto a espiral de Fibonacci, ou a Grade Fi (alguns poderiam afirmar que isto parece ser um pouco arranjado artificialmente, ao invés de natural), este ainda é um princípio bem aceito.
Com a regra dos dois terços, você simplesmente tenta alinhar o ponto focal da sua imagem usando o ponto ideal e use as linhas da grade para ajudar a equilibrar a sua imagem. Note o horizonte ao longo do topo, o oceano no meio, a praia na parte de baixo e a mulher diretamente alinhada com os pontos ideais do lado direito.
Eu fiz também uma grade da regra dos terços, que está disponível para você baixar aqui. Apenas coloque-a sobre a sua imagem e dimensione-a adequadamente.
Grades e molduras
Nem todas as imagens se prestarão às grades da razão de ouro. Portanto, vale a pena notar que se você estiver trabalhando com outros tipos de gráficos (tais como infográficos, superposição de textos em panos de fundo, ou com uma combinação de múltiplas imagens), as grades a as molduras são o caminho a seguir, ao desenhar a sua imagem. Não necessariamente a Grade Fi, nem a regra dos terços, mas um princípio semelhante – uma grade, de qualquer modo.
As grades e as molduras proverão uma armação, como a dos andaimes, para equilibrar a sua imagem de modos interessantes e realmente fazer o seu texto saltar aos olhos. A imagem a seguir faz um uso fenomenal deste princípio.
Fonte: http://www.archetypefotografie.nl/
Use quaisquer das “regras de ouro” acima mencionadas para assegurar que a sua imagem tenha uma fundação sólida. Seja qual for o seu objetivo, a razão de ouro e os seus derivados são o guia definitivo para elaborar a sua imagem.
Agora, vamos ver alguns dos outros elementos para usar na construção da sua imagem.
Conte uma história
Você se lembra de quantas palavras valem uma imagem? No terreno da batalha da mídia social, você tem apenas alguns segundos para conectar a sua audiência. Aproveite, da melhor maneira possível, estes poucos segundos para contar uma história. Fazendo isto, você se conecta com quem o está vendo num nível emocional.
A sua história é sobre amor, segurança, liberdade, ou fome? Obter uma reação visceral de quem a está vendo é uma maneira segura de fazer uma forte conexão. Esta conexão visceral bate nos instintos de sobrevivência de quem a está vendo, o que, por sua vez, dispara todos os tipos de sinapses associadas à memória.
Muito provavelmente, quem o está vendo não perceberá que isto acaba de acontecer; eles acabaram de associar a sua imagem (e a sua marca) a algumas memórias muito importantes.
Qual história a imagem a seguir está lhe contando? Quais emoções você está sentindo?
Qual história mais abrangente a sua marca está tentando contar? A chave é ter uma ampla consciência da história que a sua imagem está contando e quais emoções ela está evocando – alinhe estas coisas com os objetivos da sua marca.
Você quer saber quais emoções inspiram a maioria das visitas e dos compartilhamentos? Veja quais são as emoções que fazem as imagens se tornarem virais, um estudo sobre os comportamentos emocionais realizado por Fractl.
A consistência é muito importante
Junto com uma história consistente, há algumas outras coisas que você deverá manter consistentes, ou juntas com a sua imagem. Você não somente irá querer atrair e conectar com quem os está vendo, como também irá querer que ele, ela, ou eles imediatamente reconheçam a sua marca.
Escolha uma paleta de cores. Se você ainda não escolheu uma cor, escolha uma paleta de cores que represente a personalidade da sua marca. Tenha em mente a amplitude de emoções que as diferentes cores evocam em nós e selecione as que se alinharem com a mensagem da sua marca. Uma robusta paleta de cores é essencial para o reconhecimento da marca. Incorpore estas cores como elementos do desenho ou do contorno das suas imagens.
Tenha algumas fontes. Juntamente com as cores, selecione algumas fontes (tipos de letras). A tipografia é uma arte em si mesma e há um interminável suprimento de fontes à sua disposição. Selecione a fonte (ou apenas algumas fontes) que reforcem a mensagem da sua marca e transforme essas fontes em suas “propriedades”. Use-as de forma consistente junto com a sua imagem, para obter um reconhecimento instantâneo da sua marca.
Faça experiências com filtros de fotos. A maior probabilidade é que você já tenha escolhido as suas cores e as suas fontes, mas você já pensou em usar um filtro para as suas fotos? A escolha do filtro certo pode ajudar ainda mais as suas fotos a serem instantaneamente reconhecidas em todas as plataformas da mídia social.
Da mesma forma como acontece com as cores e as fontes de letras, os filtros evocam certos tipos de sentimentos. Escolha um filtro que complemente as cores e as fontes da sua marca. Que estado de espírito a sua marca está tentando estabelecer? Você pertence à velha escola? Ou é novo e hiperativo? Os filtros podem ajuda-lo a contar a história da sua marca.
Este infográfico, desenhado pela The Logo Company, desempenha um papel importante em mostrar as cores e fontes usadas pelas grandes marcas. Você pode ver como estas marcas se apropriam das suas cores e fontes.
Mais algumas ferramentas úteis
Agora, está na hora de tomar estes princípios que eu discuti e aplica-los ao seu conteúdo visual. Se você está imaginando que tipos de ferramentas estão disponíveis para ajuda-lo a descobrir e a editar imagens, nós temos isto para você.
Pessoalmente, a minha preferida onde buscar imagens é a Pixabay. As imagens de escolha do editor são fantásticas! Para editar, eu uso principalmente o Photoshop, mas o Pixlr é uma boa alternativa e cumpre bem a sua função.
E, para os que usam o Facebook, o tamanho das imagens é extremamente importante! Tenha a certeza de verificar a o nosso artigo Tudo o que você precisa saber sobre os tamanhos das imagens no Facebook para ter certeza que lindas imagens não sejam desperdiçadas pelas limitações do tamanho.
Agora, deslumbre-os com o seu conteúdo visual
Lembre-se de usar a razão de ouro nos seus desenhos e coloque as grades em uso! Não se esqueça de contar uma história e não tenha medo de buscar aquelas reações viscerais – elas formam a conexão mais forte possível com quem as está vendo. Faça estas coisas, ao mesmo tempo em que conserve as cores da sua marca, as suas fontes e filtros, de forma consistente e você logo verá as pessoas perguntarem a você qual é o segredo do seu deslumbrante conteúdo visual!
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Diga-nos o que você pensa e nós poderemos cita-lo num futuro artigo
Você tem usado a razão de ouro? Que tipos de imagens capturam a sua atenção mais frequentemente? Você tem algumas dicas adicionais que gostaria de compartilhar? Eu gostaria muito de ver o que você pensa a este respeito, que perguntas você tem e quais são os seus comentários (sinta-se à vontade para postar também as suas imagens).
Sobre o autor: Brooks Tiffany é um Especialista em Engajamento de Clientes da Heyo em Blacksburg, no estado da Virginia. Ele é um veterano da Força Aérea, que recentemente formou-se na Virginia Tech com um bacharelado em Língua Inglesa/Escrita Profissional e em Psicologia.
Fonte: Heyo
Tradução e edição: Fernando B. T. Leite
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