Por Shane Snow
Recentemente, eu entrevistei dois líderes e, cada um deles, influenciou centenas de milhões de pessoas. Durante dois dias, eu falei com o CEO da Evernote e antigo executivo da Google, Chris O’Neil, e com o General Stanley McChrystal, fundador do McChrystal Group e comandante das forças dos Estados Unidos no Oriente Médio, durante os Governos Bush e Obama.
O’Neil e McChrystal são conhecidos para obter o melhor das pessoas. O que me impressionou nestas duas entrevistas foi que ambos, apesar de ter diferentes personalidades e formação, disseram algo extraordinariamente semelhante quando eu perguntei a eles sobre liderança no complexo mundo atual. “Antes de entrarmos em guerra no Afeganistão, o que deveríamos ter feito é ter descido um rio num bote de borracha”, disse-me McChrystal. “E o Presidente, o Vice-Presidente, o Secretário de Defesa e generais e todos que deveriam ter ido. E não falar sobre guerra; apenas tomar cerveja e descer o rio durante uma semana”.
O general desejou que sua equipe de liderança tivesse gasto algum tempo aprendendo as histórias pessoais de cada um deles, antes de terem ido para as batalhas – tanto na sala de reuniões, como no campo. Isto porque desenvolver relacionamentos pessoais confiáveis facilita o debate, a discussão e a dissenção, para melhor fazer as coisas.
“Quando você abordar um problema, você o faz num nível diferente”, disse McChrystal.
“Basicamente, seu trabalho como equipe é descobrir qual combinação de habilidades, de recursos e de experiências juntar-se-ão para movê-lo adiante”, disse O’Neil. “É por isso que gastamos tempo no início do ano compartilhando uma série de histórias”.
Em vez da chamada por maior produtividade como “vamos-vamos-vamos”, que líderes fazem no início de um novo período, O’Neil deu um passo atrás e realizou alguns exercícios. Ele reconheceu, assim como muitos líderes estão começando a aceitar, que compartilhar narrativas pessoais é uma poderosa maneira de construir confiança entre seres humanos.
O’Neil contou ao seu pessoal histórias que o estimularam. Lendas sobre sua formação, sobre erros que ele cometeu e sobre porque ele estava lá. Ele contou histórias sobre uma mulher que escreveu um livro na Evernote, enquanto corria uma maratona; sobre um laboratório de pesquisa de câncer que usou a Evernote para diminuir o tempo de duração de um ensaio clínico com um fármaco promissor; e um monge budista em Tóquio que usa isto para anotar coisas em seu templo.
“Mas, eu não pressuponho que isto irá inspira-los”, disse ele. Portanto, ele também fez os membros de sua equipe compartilhar suas histórias. Isto, explicou O’Neil, cria um duplo benefício, “uma conexão emocional” e um entendimento sobre as valiosas diferenças entre os membros da equipe.
“As organizações precisam fazer muitas coisas que podem parecer quase sem importância naquele momento”, explicou McChrystal. “Para trabalhar esses músculos para criar confiança, para que você a tenha quando, desesperadamente, precisar dela”.
Antes de uma equipe mover-se adiante com eficácia e eficiência, ela precisa “gastar tempo construindo relacionamentos, em cima dos quais vocês começam a confiar, uns nos outros”.
Nós estamos falando sobre gastar umas duas horas num acampamento levando alguns tombos de confiança. Entender com o que nos importamos em nossas vidas, como rolamos e o que nos motiva em nosso trabalho – isto é o que faz a diferença entre uma equipe que falha e uma que se destaca. E isto é verdade, se você estiver num grupo de programadores que estiver tentando enfrentar o mundo, ou num grupo de soldados que tentam salva-lo.
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Sobre o autor: Shane Snow é um jornalista de tecnologia na cidade de Nova Iorque, co-fundador e CCO da Contently, tem mestrado em Jornalismo pela Universidade de Columbia e é fellow da Royal Society of the Arts.
Fonte: The Content Strategist
Imagem por iStockphoto
Tradução: Fernando B. T. Leite
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