Por Amanda Walgrove
Um unicórnio se senta numa privada e defeca sorvete de arco-íris, enquanto que um homem de época de Shakespeare faz demasiadas sugestões para serem contadas. Isto pode não parecer ser a melhor maneira de comercializar a sua empresa, mas é, na realidade, a premissa de um dos vídeos de marca de maior sucesso do ano passado.
Com quase 100 milhões de visualizações combinadas no Facebook e no YouTube, “Este unicórnio mudou a forma como eu defeco” ajudou a colocar a Squatty Potty – que fabrica um banquinho de banheiro para ajudar o seu intestino a funcionar – no mapa. Ele também impulsionou as vendas da empresa em mais de 600%, mostrando quanto uma pequena empresa pode lucrar com o vídeo marketing.
A Squatty Potty não está sozinha entre as pequenas empresas que estão sentindo o potencial do vídeo online.
De acordo com um novo relatório da Magisto, que oferece software para edição de vídeos, 85% das pequenas empresas estão atualmente usando vídeos, ou pretendem usar vídeos num futuro próximo, e dois terços das pequenas empresas criam vídeos de marketing pelo menos quatro vezes por ano. Isto combina com um relatório de 2015 da BIA/Kelsey, uma empresa de consultoria de mídia, que notou que o vídeo digital é a tipo de anúncio que tem o crescimento mais rápido deste ramo de atividades. O relatório prevê que em 2018, os orçamentos de vídeo de pequenas empresas ultrapassarão os das suas contrapartidas empresariais.
É importante notar que tanto a Magisto, como a BIA/Kelsey, têm a pele no jogo do vídeo digital. Ambas pretendem tirar vantagem do crescente interesse pelos vídeos das pequenas empresas. Mas, a Magisto foi mais a fundo que apenas os dados típicos de crescimento.
O relatório também descobriu que os profissionais de marketing das pequenas empresas têm uma probabilidade 64% maior de postar vídeos no Facebook que no YouTube. Isto não deve ser muito surpreendente, dado que o Facebook video explodiu no ano passado, e agora há mais de 50 milhões de pequenas empresas nesta rede social. Em geral, o Facebook é muito mais amigável para as pequenas empresas que o YouTube, graças à característica das páginas que aparecem. As mudanças no algoritmo do Feed de Notícias e as novas características chamativas como o Facebook Live também facilitaram mais que nunca acumular visualizações de vídeos na rede social – que estão vindo numa quantidade maior que 8 bilhões por dia.
No último mês de março, o Facebook lançou uma nova característica de vídeo especificamente voltada para pequenas empresas. Com a história da sua empresa, os profissionais de marketing foram convidados para criar uma breve montagem de vídeo que conta a história da empresa e mostra os seus produtos.
Embora a ferramenta estivesse apenas disponível por um curto período de tempo, as pequenas empresas continuam a descobrir as suas próprias maneiras de fazer vídeos inovadores. Por exemplo, a August Oak Woodworks inteligentemente parodiou a receita do estilo de vídeos da BuzzFeed, com o seu próprio tutorial para “cozinhar” uma caixa, que teve mais de 17 milhões de visualizações.
Apesar de todo este amor para o Facebook, outras grandes plataformas de vídeo como o YouTube, Vine, Snapchat e o Instagram, que é do Facebook, também são opções viáveis para as pequenas empresas que procuram investir em marketing de vídeo digital.
No ano passado, The Content Strategist entrevistou a equipe por trás da série da marca Bullfrog Spa, “The Principal” (O Diretor), sobre como eles tomaram o seu orçamento apertado e terminaram como finalistas da melhor série de vídeo de marketing de conteúdo da premiação de 2015 da Content Marketing Awards. E pequenas empresas como a drunkMall recentemente alvejaram os milênios no Snapchat com vídeos para promover os seus novos óculos para sol. Como resultado da campanha, o tráfico direto do Snapchat para o site da empresa aumentou 5% em apenas dois dias.
Como sugere a pesquisa da Magisto, as metas chaves do marketing das pequenas empresas não mudaram muito nos últimos anos: elas ainda querem gerar consciência da marca e construir lealdade dos clientes. Mas, à medida que elas se afastam da mídia tradicional como televisão e anúncios impressos, as pequenas empresas como a Squatty Potty estão demostrando que o vídeo digital – ou pelo menos que o vídeo digital bem feito – pode ser uma opção mais viável que nunca.
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Sobre o autora: Amanda Walgrove é uma escritora freelance, editora e redatora. Ela escreve sobre marketing de conteúdo, mídia social e entretenimento online. Contato: amandawalgrove@gmail.com
Fonte: The Content Strategist
Tradução: Fernando B. T. Leite
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