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HypeCast #42 – Tudo sobre o IBM Watson com Guilherme Procópio

por HyTrade

Por Ivan Monteiro

Neste quadragésimo segundo episódio, batemos um papo hiper tecnológico com Guilherme Procópio e ele nos contou tudo sobre o IBM Watson.

[wt_note align=”left” width=”100%”] O HypeCast é um talk show de rádio on-demand, mais conhecido como podcast. Ele é projetado para ajudar os profissionais de marketing e empresários ocupados a descobrirem as últimas tendências sobre marketing, tecnologia, empreendedorismo e negócios, através de entrevistas com os maiores especialistas do Brasil. [/wt_note]

Olá, seja muito bem-vindo à quadragésima segunda edição do HypeCast! Neste episódio trouxemos o futuro para o presente e batemos um papo super hiper tecnológico com Guilherme Procópio, executivo Watson na IBM, sobre as soluções e aplicações que a IBM Watson oferece, sobre o que é computação cognitiva e sua diferença com inteligência artificial, machine learning, casos de sucesso na utilização no Watson, seu impacto em diversas indústrias, no marketing e muito mais, escute!

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[wt_h2 heading_style=”wt_heading_3″ align=”left”]O programa desta semana[/wt_h2]
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[wt_h2 heading_style=”wt_heading_3″ align=”left”]Confira um pequeno resumo do que foi falado[/wt_h2]

Nesse episódio, conversamos com Guilherme Procópio, Executivo Watson na IBM. Guilherme revela que, atualmente, divide duas funções na empresa: líder do Watson, onde é conglomerado quatro linhas, Watson Plataforma (micro serviços cognitivos); Watson IoT (Internet das Coisas); Watson Heath (serviços de inteligência cognitiva para área da saúde); e outra ligada para fomentar o agronegócio no país. “Ao mesmo tempo, estou indo para um lugar mais estratégico da empresa. Um cargo de executivo assistente, da gerente geral da América Latina. Um trabalho mais estratégico, que ofereceu uma visão mais ampla da companhia”, revela o executivo.

Sobre computação cognitiva, Guilherme explica que o Watson foi desenvolvido para decifrar a linguagem natural humana. “Hoje no mundo, o dado é um dos artigos mais importantes, como o petróleo foi no início do século. Esse dado nunca foi estruturado, o que abriu possibilidades. A IBM construiu aplicativos que fizessem a leitura desses dados, pois eles podem ser ricos de informações dos clientes para empresas. Assim, se cria um sistema que passa ser treinado para entender contextos e tornar-se um colega de trabalho seu. É um conjunto de APIs, de programas. Eles ficam concentrados dentro de uma nuvem”.

Guilherme afirma que essa tecnologia é acessível, servindo também para pequenas empresas solucionarem seus problemas, como uma startup, por exemplo. “O que vai tornar o investimento maior é o uso daquela API. O que chamamos de uma democratização. É algo extremamente complexo, porém de fácil acesso. Trata-se de uma tecnologia disruptiva”.

Sobre o nome “Watson”, o executivo da IBM afirma que não se trata de uma homenagem ao lendário personagem de Sherlock Holmes, mas sim do primeiro grande nome da corporação, Thomas Watson.

A diferença entre as inteligências

Sobre os pontos que diferem a inteligência cognitiva da artificial, Guilherme aponta que quando se trata da artificial, é o sistema aprendendo sozinho, ele pode demorar mais tempo e não ter um resultado eficaz. “A inteligência cognitiva é a soma da inteligência artificial com a cognição humana”.

Guilherme ressalta que a ideia não é que a inteligência cognitiva seja melhor que o ser humano. “Esse tipo de inteligência possui um poder de compreensão muito maior, podendo ler até 800 milhões de páginas por dia, e com recursos de armazenamento quase que infinita. Mas o ponto crucial é: torná-lo capaz de fazer algo, se manter atualizado, para assim ele ser um colaborador do ser humano, ajudando na tomada de decisões”.

O executivo revela que a o Watson leu a Wikipédia em um dia, mas isso não o faz certeiro sempre, já que a linguagem humana possui diversas nuances, como ironia, ambiguidade. “Máquina não tem emoção, dilemas e nem criatividade, fatores que o ser humano tem, por exemplo. Não tenho dúvida que a inteligência artificial vai elevar a capacidade do ser humano e forçar para que melhoremos ainda mais”.

Essa questão levantada por Guilherme também desmistifica que a tecnologia pode tirar empregos. “Para cada ruptura digital que extinguiu um emprego, outros 4,9 surgiram. Profissões novas surgem com a evolução do sistema”.

Em relação ao mercado brasileiro, Guilherme aponta que mais de 100 startups e 50 grandes empresas já usam o sistema. Além disso, ele revela que a tecnologia de Chatbots, nem sempre usam a inteligência cognitiva, mas é uma plataforma que vem crescendo no mercado. Áreas como de Recursos Humanos também podem usar o serviço. Porém, o executivo destaca que o Watson vai impactar muito na experiência do consumidor.

“A partir do momento que você consegue saber quem é o seu cliente, por meio do que ele posta na internet, identificando o momento de sua vida. E quando ele busca algum produto ou serviço, você possui um sistema que consegue engajar com ele de forma diferenciada, o que gera um valor e uma conversão de vendas muito superior, em relação a outros tipos de ações. No final, ele atua muito internamente como externamente”.

Guilherme aponta que a educação também será beneficiada com sistema de inteligência cognitiva, guiando alunos com suas afinidades e auxilio personalizado. Empresas como o Itaú já usam a tecnologia.

Marketing x Tecnologia 

Sobre o marketing, Guilherme afirma que o sistema de inteligência cognitiva pode enriquecer muito o serviço. “Quando você olha a experiência do varejo, é possível criar um sistema, por exemplo, que quando a pessoa está buscando um produto, aparece uma janela para auxiliá-la, levando em consideração características de diferentes níveis de complexidade”.

O executivo usa o exemplo da Pinacoteca de São Paulo, onde o Watson foi usado para responder perguntas sobre qualquer tipo de questão. “Houve um aumento de 70% de visitas no museu, num país onde o interesse pelo assunto é baixo”. Dessa forma, Guilherme enxerga diversas possibilidades com o uso do sistema no marketing.

No futuro, o especialista afirma que será possível que muitas decisões poderão ser tomadas pela máquina, como falta de produtos em casa e questões triviais.

Na saúde, já existem hospitais que usam o sistema para tomada de decisões como tratamentos para câncer. “O Watson, nesse caso, serve como uma segunda opinião, mas a última decisão sempre é do médico”.

Quando questionado sobre a possibilidade de um robô poder aprender com outro robô, Guilherme cita um caso em que numa experiência do tipo, as máquinas com inteligência artificial ao conversarem acabaram criando uma linguagem paralela e o ser humano não conseguia mais entender, e por isso ele foi desligado. “Acredito que isso pode acontecer, mas sempre terá um ser humano monitorando isso. As grandes empresas que investem nisso, conversam sobre os limites éticos da prática”.

Para preservar os clientes, Guilherme afirma que a privacidade dos dados é levada com grande importância pela IBM. “Tudo que é produzido e criado pelo Watson para clientes, é de propriedade intelectual da empresa que contratou o serviço”.

Mais sobre o Watson: www.bluemix.net | www.ibm.com/watson/br-pt/

Escute o programa que tem muito mais! 😉

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Sobre o autor: Ivan Monteiro é jornalista e Diretor de Conteúdo da HyTrade Marketing Digital.

 

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